A digitalização dos cartórios, promovida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) desde 2018, revelou-se crucial para a população do Rio Grande do Sul, que enfrenta as consequências devastadoras de fortes chuvas e enchentes. A iniciativa, fortalecida pelo Provimento Nº 74 do CNJ, estabeleceu padrões de tecnologia da informação para garantir a segurança, integridade e disponibilidade dos dados nos cartórios.
Graças a esses avanços tecnológicos, muitos cartórios do estado estão conseguindo operar remotamente, emitindo a segunda via de certidões de nascimento, casamento e óbito para cidadãos que perderam seus documentos durante as enchentes. Arquivos digitais e backups em nuvem permitem a recuperação rápida e eficiente desses documentos essenciais, mesmo em meio a adversidades.
A Anoreg/RS relatou que 27 cartórios foram atingidos, afetando 130 colaboradores. O atendimento presencial foi suspenso nas unidades mais críticas, mas a digitalização permitiu a continuidade dos serviços de forma remota.
Em locais severamente afetados, como Galópolis, em Caxias do Sul, os serviços foram restabelecidos em novas instalações, e a recuperação dos acervos físicos está em andamento. Essa capacidade de adaptação e resiliência é resultado direto da modernização e informatização dos cartórios.
Além disso, a Anoreg/RS montou serviços em abrigos para fornecer gratuitamente a segunda via de certidões, garantindo que os cidadãos possam recuperar seus documentos pessoais rapidamente. Este esforço é fundamental para assegurar os direitos dos cidadãos, concedendo a documentação necessária para reconstruir suas vidas.
A digitalização dos cartórios não só evita prejuízos maiores em situações de desastre, mas também reforça a importância da tecnologia na manutenção dos serviços essenciais e na proteção dos direitos dos cidadãos.
Fonte: InfoMoney